As últimas semanas do ano de 2008 foram bem cheias, minha colega de trabalho tirou férias na semana do Natal e eu fiz o horário dobrado. Se normalmente já não tenho muito tempo, imaginem como ficou meu cotidiano. Poderia até dizer deprimente e caótico se não fosse a presença carinhosa do meu sogro, se disponibilizando a fazer a ceia de Natal e de Ano Novo. Porque eu só cheguei em casa no horário apropriado, apropriado pra comer hehehe, e morta, claro.
Bem, pra quem não notou isso foi uma justificativa pela ausência (de ao menos um email), nem sei se consegui responder a todos que me escreveram... Mas também acredito que este fim ano tenha sido complicado para a maioria, porque recebi poucas mensagens e algumas com um certo atraso. Porém, nenhuma assim tão atrasada quanto a minha kkkkk
Para distrair do cotidiano e aliviar o puxado final do ano, fomos até a cidade do Porto no 1º fim de semana de 2009. E é aí que começa minha mensagem de “Natal”...
Já no Porto, fomos até a foz do rio Douro dar um passeio. Vi um lindíssimo quebra-mar. O mar agitado, vinha batendo naquela construção desde o seu início e fazia uma superfície toda branca de espuma. Maravilhoso! Gosto de dar um belo mergulho no mar para abrir o ano com energias renovadas, mas, com o frio que faz por aqui, me contentei em molhar os dedos e me benzer Retornei, então, ao passeio, porque já ouvia o Raphael dizer repetidamente “Volta, Cris!”, “Cuidado, não vai cair aí dentro!”.
O céu não estava azul e claro como em muitos dias do inverno português, tanto que frequentemente nas fotos só notamos que faz frio pela roupa das pessoas. Mas também não chovia e isso foi o suficiente para que muitas pessoas fossem dar uma volta na beira-rio.
Vi um pai e seu filho, espanhóis, caminhando por ali. O menino ia a frente e cheirava um galhinho de hortelã com tanto prazer que aquilo me chamou a atenção. Trazia a planta junto ao rosto, inspirava fundo e soltava o ar ao mesmo tempo em que revelava uma expressão de satisfação intensa. Não era muito novo, estava naquela idade em que a criança por si só não tem muita graça, mas aquele cenário de descoberta e prazer era tão fascinante que não consegui me manter de fora. Ia brincando com o menino, quando me deu um branco “afinal, como se diz cheira em espanhol?”, só horas depois, à noite, me ocorreu a frase como eu a queria dizer “Huele bien?”. “Cheira bem?” seria a minha pergunta a ele, como não me lembrei, resolvi pertungar ao pai como se chama a tal planta em espanhol, ele disse “Menta.”. E eu disse a ele “Hortelã”. “Terlã”, repetiu ele. “Não, h o r t e l ã.”, corrigi eu. Ele pronunciou a palavra mais uma vez, eu sorri, me virei e continuei andando. Enquanto isso, ouvi o pai dizer ao filho “Vê, filho, hoje aprendemos mais uma coisa nova.”
Eu fiquei realmente tocada com a reação do pai e pensei, um filho tão sensível só poderia ter nascido de um pai tão generoso.
Para evitar um final piegas, não vou fazer nenhuma análise, deixo a reflexação por conta de cada um. E termino com os votos de que possamos ser neste ano mais sensíveis aos pequenos prazeres da vida, mais generosos com o outro e mais atentos aos momentos delicados com que a vida nos presenteia.
Bem, pra quem não notou isso foi uma justificativa pela ausência (de ao menos um email), nem sei se consegui responder a todos que me escreveram... Mas também acredito que este fim ano tenha sido complicado para a maioria, porque recebi poucas mensagens e algumas com um certo atraso. Porém, nenhuma assim tão atrasada quanto a minha kkkkk
Para distrair do cotidiano e aliviar o puxado final do ano, fomos até a cidade do Porto no 1º fim de semana de 2009. E é aí que começa minha mensagem de “Natal”...
Já no Porto, fomos até a foz do rio Douro dar um passeio. Vi um lindíssimo quebra-mar. O mar agitado, vinha batendo naquela construção desde o seu início e fazia uma superfície toda branca de espuma. Maravilhoso! Gosto de dar um belo mergulho no mar para abrir o ano com energias renovadas, mas, com o frio que faz por aqui, me contentei em molhar os dedos e me benzer Retornei, então, ao passeio, porque já ouvia o Raphael dizer repetidamente “Volta, Cris!”, “Cuidado, não vai cair aí dentro!”.
O céu não estava azul e claro como em muitos dias do inverno português, tanto que frequentemente nas fotos só notamos que faz frio pela roupa das pessoas. Mas também não chovia e isso foi o suficiente para que muitas pessoas fossem dar uma volta na beira-rio.
Vi um pai e seu filho, espanhóis, caminhando por ali. O menino ia a frente e cheirava um galhinho de hortelã com tanto prazer que aquilo me chamou a atenção. Trazia a planta junto ao rosto, inspirava fundo e soltava o ar ao mesmo tempo em que revelava uma expressão de satisfação intensa. Não era muito novo, estava naquela idade em que a criança por si só não tem muita graça, mas aquele cenário de descoberta e prazer era tão fascinante que não consegui me manter de fora. Ia brincando com o menino, quando me deu um branco “afinal, como se diz cheira em espanhol?”, só horas depois, à noite, me ocorreu a frase como eu a queria dizer “Huele bien?”. “Cheira bem?” seria a minha pergunta a ele, como não me lembrei, resolvi pertungar ao pai como se chama a tal planta em espanhol, ele disse “Menta.”. E eu disse a ele “Hortelã”. “Terlã”, repetiu ele. “Não, h o r t e l ã.”, corrigi eu. Ele pronunciou a palavra mais uma vez, eu sorri, me virei e continuei andando. Enquanto isso, ouvi o pai dizer ao filho “Vê, filho, hoje aprendemos mais uma coisa nova.”
Eu fiquei realmente tocada com a reação do pai e pensei, um filho tão sensível só poderia ter nascido de um pai tão generoso.
Para evitar um final piegas, não vou fazer nenhuma análise, deixo a reflexação por conta de cada um. E termino com os votos de que possamos ser neste ano mais sensíveis aos pequenos prazeres da vida, mais generosos com o outro e mais atentos aos momentos delicados com que a vida nos presenteia.
5 comentários:
Aeeee, finalmente!
Linda a história do menino com o hortelã :-) Nem precisa de final.
Continue contando as novidades!
bjs
adorei, amiga!
realmente me tocou. tô mesmo buscando a beleza nas pequenas coisas. e bom, criança é uma descoberta todo dia para um adulto sensível.
e acredite, ainda não consegui dar o meu primeiro mergulho no mar! uma vergonha, né, em pleno Rio de Janeiro! tô em falta comigo mesma. só tenho ido ao clube com a família...
espero que seu ano seja simples e bonito como esse post. sem muitos dramas ou complicações. que a vida lhe dê o melhor.
um beijo
saudades
manu
cris,sua história no Porto teve tudo a ver com a sua própria vida,
"filho sensível de pai generoso".
uma bela coincidencia!!!!
beijos e mais uma vez,parabéns!!!!!!
Eu acho que a sensibilidade é uma das melhores qualidades que um ser humano pode ter...adorei a mensagem de natal! E mais ainda da sua arvorezinha. bjs
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