Tenho uma grande paixão por fotografia, mas acho que nunca investi o suficiente nela. Já pensei em trabalhar como fotógrafa, mas, depois que descobri o vídeo, tirei essa ideia da cabeça. Talvez seja isso, o vídeo é minha paixão profissional, uma das poucas coisas em que tive realmente prazer em trabalhar, já a fotografia é maior, é um hobby. Um momento individual de gozo que só será partilhado posteriormente.
Há alguns anos li um depoimento do Amir Klink:
"Já acordado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam fritura. (...) Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: calma, você terá muito tempo para isso! Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. Algumas oportunidades são únicas!"
Há alguns anos li um depoimento do Amir Klink:
"Já acordado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam fritura. (...) Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: calma, você terá muito tempo para isso! Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. Algumas oportunidades são únicas!"
Foto: Cartier Bresson, pra cobrir o vazio das fotos que não fizemos
É claro que, quando li, lembrei imediatamente do momento decisivo de Cartier Bresson. Tirando a metáfora que ele sugere no final, tratando especificamente de fotografias, na hora acreditei ter entendido o sentimento dele. Mas acho que só fui capaz de compreender completamente quando presenciei um momento extremamente fotográfico e não tinha máquina para registrá-lo. Vi 2 garis brincando ao lado de latões de lixo com um vestido de noiva que haviam jogado fora. No mesmo instante saquei que puta fotografia daria! Mas eu não estava “armada”…
Há pouco tempo revivi esse sentimento quando voltava do centro de Lisboa pra casa e vi no horizonte uma faixa rosa, pedi ao Rapha para passar pelo Tejo para vermos a coloração do céu de “perto” e sem os prédios como obstáculo. Prefiro nem descrever a paisagem, nunca seria capaz de fazer juz ao que vi. Novamente me arrependi por não ter ali, comigo, uma máquina e voltei a pensar no antigo plano de jamais sair de casa sem uma câmera fotográfica.
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Foto: Cristiane Chagas - Londres, o momento que eu não perdi
4 comentários:
Acho que foi por isso que desisti rapido da fotografia. Detesto ter esse sentimento da opotunidade da foto perfeita estar escapando pelos dedos. Ficar esperando o melhor movimento, o melhor angulo, a melhor luz... Ai, isso me estressa!! Prefiro curtir o momento sem me preocupar em registra-lo fisicamente.
Liiiindo! E o blog ta lindo também!
Ai, mais vontade de conhecer Lisboa...
Oi meninas!
Amanda, esse sentimento existe sim, mas pra mim nada supera a sensação de curtir o momento por de trás das lentes.
Aline, brigadinha, mas ainda não consigui faze-lo funcionar como se deve :( Espero conseguir, pq esse template é bem legal!!!
Ah, venha a Portugal sim, apesar de não ser uma cidade com milhões de opções como Paris e Londres, é bem bonita e interessante tb, especialmente para brasileiros.
Uma digital pequena.
Tenha baterias extras, elas sempre acabam antes da foto definitiva, mas a praticidade supera essa desvantagem.
Também gostei o blog, está...profissional.
Abraços
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