sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O colorido da Europa

Apesar do longo inverno, a Europa tem áreas abertas fantásticas! Pra quem vem com o próposito de visitar monumentos fomosos e ver de perto obras de artes importantes irá, sem sombra de dúvida, alcançar o seu objetivo, mas também irá se surpreender com parques, praças e jardins lindíssimos!

Eu, como sempre, tenho muita sorte em minhas viagens e , na 1ª que fiz Europa a fora, não foi diferente! Primeiro, fui obrigada a tirar férias na primavera (não que estivesse achando de todo ruim, mas tinha uns desencontros com vinda dos meus pais pra cá) e caí numa Madrid toda florida e super bem cuidada.

Aí fiquei viciada e pensei “agora só tiro férias na primavera”, é mais barato, o clima é ótimo para o turismo, os dias são claros e longos e os jardins estão no alge! Mas, nas férias seguintes, por conta do trabalho do Rapha, precisei marcar para o outono. Na época, eu tinha tanto com que me preocupar com o trabalho e também as férias, que não liguei muito pra isso. Então, fizemos um “estica-e-puxa” no orçamento e visitamos de cara Paris, Londres e Dublin.

Paris tem uma infinidade de coisas para se fazer, lugares lindos. Todas as pessoas que conheci que passaram na cidade 5 dias, 1 semana, 1 mês, todos acharam o tempo insuficiente. A cidade te suga! Sem dizer, que nunca é tempo o bastante para admirar a torre, de dia, de noite, piscando ou azul. Ou, simplesmente, sentar à margem do Sena e ver os franceses (espanhois, alemães, brasileiros... porque Paris é a cidade mais visitada do mundo!) e a vida passarem. Nesse lugar fantástico, não era de se duvidar que os jardins também fossem fantásticos. E são.



Já em Londres veio o inesperado, a cidade com fama de cinzenta e de população antipática, se revelou colorida e com pessoas educadas e solicitas. Parafraseando meu sogro “Londres é cinza se você olha pra cima, porra, olha pra frente que você vai ver muita cor.” A cidade tem mesmo muitas áreas verdes e os londrinos frequentam esses lugares, faça chuva ou faço sol! Pena eu não ter tirado uma foto do casal de meia idade sentado na chuva, no Regents Park, segurando um guarda-chuva.




Por fim, a capital da Irlanda. Dublin foi uma surpresa total, porque a gente resolveu ir pra lá assim: “Olha, de Paris pra Dublin tem uma passagem a 1 euro e de lá pra Londres também!”, “Pô, então vamos aproveitar a oportundade, porque a gente nunca vai programar uma viagem exclusivamente pra Dublin!” E foi assim, na empolgação, sem fazer pesquisa, sem comprar guia e… sem saber que precisa de visto hehehe Ai, ai, acho que essa viagem (Lisboa – Paris – Dublin – Londres – Lisboa) merece um post a parte, aliás, só a aventura com as malas, já merece um.

No nosso passeio inaugural pela cidade, fomos andando, andando e pronto, nos deparamos com um parque maravilhoso, cheio de verde e um rio no meio, bem no centro da cidade, o St. Patrick. Um friiiiiiiiiiiio, e as pessoas ali, sentadinhas, lendo um livro ou apenas descansando, em um dos dias mais bonito do ano, segundo eles, e um dos mais frios que eu já vivi.


Pra quem vem de uma cidade praticamente monoclimática, é muito diferente ver na natureza a mudança bem marcada das estações do ano. A gama de cores - do outono, no caso - que vai do amarelo ao morrom, misturando com roxo e verde, contando ainda com algumas flores resistentes, é uma experiência sensorial única que não pode ser transmitida por descrições ou fotografias, por mais perfeitas que elas sejam. Publico aqui as minhas fotos só mesmo pra causar inveja (brincadeirinha) kkkkk

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Feliz 2009

Atenção para a minha ENORME árvore de Natal ;)


As últimas semanas do ano de 2008 foram bem cheias, minha colega de trabalho tirou férias na semana do Natal e eu fiz o horário dobrado. Se normalmente já não tenho muito tempo, imaginem como ficou meu cotidiano. Poderia até dizer deprimente e caótico se não fosse a presença carinhosa do meu sogro, se disponibilizando a fazer a ceia de Natal e de Ano Novo. Porque eu só cheguei em casa no horário apropriado, apropriado pra comer hehehe, e morta, claro.

Bem, pra quem não notou isso foi uma justificativa pela ausência (de ao menos um email), nem sei se consegui responder a todos que me escreveram... Mas também acredito que este fim ano tenha sido complicado para a maioria, porque recebi poucas mensagens e algumas com um certo atraso. Porém, nenhuma assim tão atrasada quanto a minha kkkkk
Para distrair do cotidiano e aliviar o puxado final do ano, fomos até a cidade do Porto no 1º fim de semana de 2009. E é aí que começa minha mensagem de “Natal”...

Já no Porto, fomos até a foz do rio Douro dar um passeio. Vi um lindíssimo quebra-mar. O mar agitado, vinha batendo naquela construção desde o seu início e fazia uma superfície toda branca de espuma. Maravilhoso! Gosto de dar um belo mergulho no mar para abrir o ano com energias renovadas, mas, com o frio que faz por aqui, me contentei em molhar os dedos e me benzer Retornei, então, ao passeio, porque já ouvia o Raphael dizer repetidamente “Volta, Cris!”, “Cuidado, não vai cair aí dentro!”.

O céu não estava azul e claro como em muitos dias do inverno português, tanto que frequentemente nas fotos só notamos que faz frio pela roupa das pessoas. Mas também não chovia e isso foi o suficiente para que muitas pessoas fossem dar uma volta na beira-rio.
Vi um pai e seu filho, espanhóis, caminhando por ali. O menino ia a frente e cheirava um galhinho de hortelã com tanto prazer que aquilo me chamou a atenção. Trazia a planta junto ao rosto, inspirava fundo e soltava o ar ao mesmo tempo em que revelava uma expressão de satisfação intensa. Não era muito novo, estava naquela idade em que a criança por si só não tem muita graça, mas aquele cenário de descoberta e prazer era tão fascinante que não consegui me manter de fora. Ia brincando com o menino, quando me deu um branco “afinal, como se diz cheira em espanhol?”, só horas depois, à noite, me ocorreu a frase como eu a queria dizer “Huele bien?”. “Cheira bem?” seria a minha pergunta a ele, como não me lembrei, resolvi pertungar ao pai como se chama a tal planta em espanhol, ele disse “Menta.”. E eu disse a ele “Hortelã”. “Terlã”, repetiu ele. “Não, h o r t e l ã.”, corrigi eu. Ele pronunciou a palavra mais uma vez, eu sorri, me virei e continuei andando. Enquanto isso, ouvi o pai dizer ao filho “Vê, filho, hoje aprendemos mais uma coisa nova.”

Eu fiquei realmente tocada com a reação do pai e pensei, um filho tão sensível só poderia ter nascido de um pai tão generoso.

Para evitar um final piegas, não vou fazer nenhuma análise, deixo a reflexação por conta de cada um. E termino com os votos de que possamos ser neste ano mais sensíveis aos pequenos prazeres da vida, mais generosos com o outro e mais atentos aos momentos delicados com que a vida nos presenteia.

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