quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Imposto pago ainda pode ser salvo...

Pessoas, pelo que entendi, segundo o que está escrito em "observação" na imagem acima, retirada do site do Ministério da Previdência Social , não perdemos o que as contribuições para fins de aposentadoria, hipótese que eu havia levantado no post Imposto pago pra que?

Não sei por que deram informação contrária ao meu marido no próprio INSS e também a mãe e minha sogra, que não conseguiram incluir alguns anos no cálculo da aposentadoria.

Na verdade, como os funcionários do governo não consegue dar informações unificadas e coerentes entre si, infelizmente não poderia passar a informação correta pra vocês. Se alguém souber de algo...

Bem, ao menos fica essa informação oficial escrita.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Perdeu, my friend!

Eu tenho uma colega que é branquinha, alta, magra (corpo reto e peitos grandes) e tem cara de gringa. Ela estava me contando que é facilmente dada como turista. Outro dia, enquanto caminhava no calçadão de Copacabana, Posto 2, um garoto com uma faca de cozinha grande e pontiaguda chegou perto dela e disse:

“Perdeu, my friend!”

A exigência do inglês nas atividades com fins lucrativos é tão forte que até os pivetes de Copa já estão aplicando a segunda língua para tornar mais rentável seu negócio. Affffiii

Bem, ela abriu a boca e gritou. Gritou muito. Não sei se de susto, de medo ou por surpresa, afinal, a gringa não era gringa, só sei que o garoto fugiu.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Só para lembrar! Está na Constituição....

Texto promulgado em 05 de outubro de 1988
Constituição da República Federativa do Brasil.

Capítulo II
Dos Direitos Sociais
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Que imigrante nunca se sentiu assim?

Um rapaz ao morrer foi para o céu. Lá chegando, foi recepcionado por São Pedro, recebeu seu par de asas, auréola e harpa e foi juntar-se a outros anjos em sua rotina celestial. Um belo dia, passa por ele uma nuvem com trio elétrico, cerveja à vontade e mulheres voluptuosas rebolando ao som do axé. Imediatamente, nosso novo anjo pergunta à São Pedro que nuvem era aquela. São Pedro então responde que aquilo erro o inferno. Mas que céu que nada, excitado com aquela festa, o rapaz pede para que São Pedro o envie ao inferno. Feito isto, nosso herói se depara com uma realidade diferente. Uma fornalha à sua frente, cheiro de enxofre, correntes em suas mãos e pés e chicotadas do capeta. Ao perguntar ao dito cujo onde estava, recebe de pronto que estava no inferno. Mas, e aquela nuvem?, indaga o rapaz. E o capeta responde:

-Aquela nuvem era para turistas, agora você é imigrante!

Galeão - Set./2007

Entrei em um site outro dia e encontrei essa piada. O "colunista" falava da relação entre consumidor e empresa, mas nem li o restante do texto, parei nas reflexões sobre a minha experiência de imigrante.

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O país estrangeiro pode acabar se tornanado um inferno em alguns momentos. Nova cultura, leis e regras diferentes, outros hábitos alimentares. Além da falta de referência, dos seus contatos pra dar um help na hora do aperto ou da orelha amiga na hora da deprê.

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O mais estranho é que, quando retornamos ao país de origem (ainda que sempre estivéssemos cientes dos seus aspectos negativos), nos sentimos um pouco forasteiro. O vínculo e o coração estão aqui, na pátria mãe, na língua mãe, afinal, não é à toa que as chamam assim. Mas, nós, nós nos tornamos cidadãos do mundo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Acho que vou adotar lá em casa

Para quem está em um dia assim... Para quem vive um momento assim... Não se estresse:


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Saudosismo – Cine Paissandu


Outro dia eu vinha no ônibus e ouvia a conversa entre 2 adolescentes.

Ad1- “...cara, aqui em Copa tinha um cinema rua...” Um? Pensei, eu, já com uma pequena listas na cabeça. Pequena porque nunca fui muito de freqüentar cinema em Copa, sempre fiquei no eixo Botafogo / Flamengo/ Catete . “Pô, horrível isso de cinema de rua...”, continuou o garoto. E eu: horrível? Como assim. Ok, alguns cinemas não sofreram manutenção. Aí, era uma questão de qualidade do cine, não o fato dele estar na rua (ao invés do shopping – eca! – como a maioria hoje).

Ad2- Foi então que o outro interferiu: “Lá no Flamengo tinha um tal de Paissandu. Aí, uma porcaria.” Quê? Porcaria? Além de muita história, o Paissandu estava inserido no circuito estação, sempre com a seleção do grupo, inclusive com os filmes do Festival do Rio! “Tinhas uns filmes que eu nunca ouvi falar, tava sempre vazio.” Nunca ouvi falar, porque só assisti Blockbuster. E como ele sabe que estava vazio, se nunca freqüentou o cinema? O adolescente terminou com a derradeira... Que foi direto no meu coraçãozinho... “Não é à toa que fecharam.”. Depois disso, desceram do ônibus.

Ainda em Portugal, tive a triste notícia de que haviam fechado o Cine Paissandu (sei que estou atrasada, fechou em 2008).

O Paissandu foi inaugurado em 15 de dezembro 1960 e, a partir de 1964, a Cinemateca do MAM ficou responsável pela programação, composta sobretudo de filmes franceses que não costumavam ser exibidos em circuito comercial. É bastante lembrado por ter sido, nos anos 60 e 70 (época da ditadura civil-militar no Brasil), um centro de discussões (e resistência) sobre cinema da nouvelle vague, cinema novo e de vanguarda europeu e outros assuntos (política, história, cultura, artes etc.) e ponto de encontro de cinéfilos desde a sua fundação até o fechamento, chegando a formar até mesmo a chamada “geração Paissandu”.

Mais recentemente, possibilitava aos moradores do Flamengo uma seleção gostosa de filmes, uma área de fumantes (alguém conhece algum outro? E, atenção, eu não fumo, mas também não sentia o cheiro dentro da sala.). Na verdade, o que eu mais gostava nessa área eram as poltronas, que possibilitavam assistir a um filme no cinema com o conforto do sofá da minha sala!
Não sei se a infra-estrutura andava abalada ao estremo. Sei que não era um cinema com o fantástico sistema de som “XYZ” e não tinha aquela inclinação M A R A V I L H O S A, fazendo com que nem mesmo um gigante atrapalhasse a baixinha aqui de ver a tela (isso sim faz falta kkkk). Ok, ele precisava de manutenção e modernização. Mas fechar, por quê? Alguém sabe a resposta?

A pergunta acima é um pouco mais ampla, o real motivo pode ser lido na matéria do O Globo, reproduzida neste blog.
Informações sobre a história do Cine Paissandu foram retiradas de: Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Imposto pago pra que?

Essa semana, o Rapha foi ao INSS para confirmar uma informação importante, na qual eu não conseguia acreditar, apesar de já estar ciente dela há alguns anos. Depois de 6 meses sem contribuir para o INSS, mesmo estando desempregado, você perde os direitos referentes aos anos que já contribuiu. Um absurdo!

Olha o caso do Rapha, nós fomos para Lisboa e contribuímos lá, devido a um acordo entre Portugal e Brasil, podemos incluir esse período no cálculo da aposentadoria, por exemplo (além de ser válido para outros benefícios também). Ou seja, ele pagava os impostos aqui, se mudou para lá e começou a pagar novamente em menos de 6 meses, então o governo não considera que tenha havido um intervalo. Agora, ele está desempregado, em vias de fazer 6 meses sem trabalho, logo sem pagar os impostos. Em função disso, se declarou autônomo para o INSS e vai pagar o imposto nessa condição, a fim de não perder todos os anos anteriores.

Meu questionamento é, como uma pessoa sem emprego, portanto sem dinheiro, pode pagar um imposto? Isso é uma grande sacanagem – me desculpem, mas não consigo encontrar outra palavra para descrever a situação.

A taxa de desemprego no país é altíssima, o governo não toma grandes providências para resolver isso (diminuindo impostos, gerando incentivos, facilitando a abertura e o desenvolvimento de pequenas e médias empresas) e o cidadão que se vire para não perder anos de contribuição!

Eu não tinha essa informação na época e acabei perdendo 1 ano de impostos já pagos! Espero que esse post possa ajudar alguém. Porque, levados pelo bom senso, não somos incapazes de imaginar (e aceitar) essa lei insensata.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E pros lados do Big Ben...


Neste momento em que a crise econômica abala a Europa, o premier britânico David Cameron anunciou um corte de 5% nos salários dos ministros e um posteriror congelamento de 5 anos. Com a dimunuição do próprio salário como consequência!


Já pros lados da terrinha, a decisão imediata do primeiro-ministro José Sócrates , em acordo com a oposição, foi o aumento do IVA (imposto que incide sobre todos os produtos) e do IRS (imposto de renda).


... é meu povo, quem sai aos seus não degenera. :(
(fontes de informação jornal O Globo, 14/05/2010)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Noivas

Na Europa é muito comum os noivos irem tirar fotos em pontos turísticos da cidade. Quando me contaram isso, fiquei pensando "Ai, que vergonha, vestida de noiva, por aí, todo mundo olhando..." kkk


Até que me deparei com esses três em Paris...


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E refletindo melhor, seria lindo ter umas fotos assim, no Pão-de-açucar, Cristo, na praia... Já pensaram? Pena que não dá, né?

domingo, 2 de maio de 2010

Ai, ai, minha cidade....

Pra que palavras...






... quando temos essas imagens?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Odeio polítcos, odeio o Crivella

...............................De dentro do ônibus, vemos a confusão se estender por quilômetros.

Hoje, neste lindo dia, feriado de Tiradentes, já tinha tudo programado. Ir à praia pela manhhã e ao cinema à tarde, com direito a debate e tudo. O Rapha ia ficar em casa estudando e, quem sabe, a gnte ainda dava uma volta à noite.
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Programa perfeito, se não fosse nosso querido senador Marcelo Crivella que promoveu um show gospel na enseada de botafogo. Mas não foi um show qualquer. Foi um mega evento, com direito a centenas de ônibus de excursão e um trânsito catastrófico! A zona sul parou! Minha volta da praia pra casa foi um estresse e o cinema, nem pensar!
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Esquecendo meu pequeno drama fútil e pessoal...
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1- se um indivíduo precisar (pq o show e a confusão ainda estão rolando) de uma ambulância, morre! Mal se consegue andar à pé pela cidade, de transporte, nem pensar. Nem com toda boa vontade do mundo os carros conseguiriam dar espaço a uma ambulância.
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2- O, ainda em atividade, senador Crivella , já começa campanha sem se afastar do cargo e em período não autorizado pelo TRE (crime eleitoral? pra mim, sim). Ele não pode se reeleger, não sei se vem candidato a outro cargo ou se vai colocar alguém na "bocada". Fato é, o evento de hoje é um showmício e a população evangélica estava toda lá, feliz e contente, "nem aí pra hora do Brasil", como diz o ditado.
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3- Desrespeito total do senador e da prefeitura, que autorizou o evento sem questionar a logística da (des)organização. Qualquer problema que vier / viesse a acontecer instaura o caos na região e pode causar uma tragédia (pessoal ou coletiva). Não vi policiamento e a guadar municipal era escassa. Ambulância, bombeiros ou carros de polícia, como disse anteriormente, não conseguiriam passar pelo local.
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Infelizmente, pra tristeza minha e de outra meia duzia de pensantes, a população do Rio tem o que merece.
Atualizando:
Prefeitura pede desculpas à população pelos transtornos do show do dia 21/04. Eles se defendem dizendo que não foram informados das dimensões reais do evento. Entretanto, nenhuma associação de moradores, nem mesmo os bombeiros, estava de acordo. Por que será?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Chove muita, muita, chuva

Despois de tanta água caindo do céu e tantas consequências trágicas, o texto abaixo parece de mal gosto.

Ontem foi decretado ponto facultativo, hoje também, ao menos para escolas públicas. Quem não teve a mesma sorte que eu de ficar em casa, com certeza passou por um situação bem traumática.

O tempo está muito louco em todo o mundo. Já choveu mais ontem que o previsto pra todo o mês - e não pára! Entretanto, há anos o Rio sofre com as consequências das cheias, não é necessário muito tempo de chuva para alagar a cidade e as autoridades não fazem nada!

Chove Chuva

Quando estamos longe do nosso país (cultura, terra, família...), acabamos por sentir saudades de coisas inusitadas.

Conheço quem goste de tempestades. Eu tenho medo. Acho bonito. Mas tenho medo dos trovões, dos raios, das cheias, dos estragos. Medo demais pra dizer que gosto. Um dia, em Portugal, me peguei sentindo falta de uma tempestade de verão. Daquelas que, no período de poucos minutos, tornam o dia em noite, fazem o maior barulho, rasgam o céu em flashes e abrem espaço novamente para sol brilhar ainda mais forte.

E o cheirinho que fica no ar e o clarão azul no céu cinza-chumbo?! Delícia!

Os portugueses têm pavor das tempestades. Mas tudo bem, elas são tropicais, nunca acontecem na Europa (ou quase nunca, eu peguei uma em PT, mas é tão raro!) Já aqui elas têm sido cada vez mais freqüentes. Uma delas foi acontecer justo no dia em que chegou minha mudança... Eu tive que ir correndo pra casa, não sabia que já estava tudo inundado. As ruas viraram piscinas em pouco tempo. Entramos numa "piscina", o motor do carro teve perda total...
Nesse mesmo dia, meu pai também estava na rua. Olha em que estado o coitado chegou em casa.
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Se fosse hoje, nem conseguiria chegar... A coisa por aqui tá preta.

Obs: Ontem, antes de começar a chover,
por coincidência, estava escrendo este texto.
1- não estava pensando em chuvas longas
2- morro de medo das consequências de uma ou de outra
3-essa última chuva foi bem pior, eu nem mesmo consegui ir trabalhar.
Teve gente que ainda não voltou do trabalho pra casa!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Matando as saudades

............................................. Rossio, vista do Elevador de Santa Justa


Enfim consegui baixar do meu celular as fotos do último dia de passeio em Lisboa. Andamos pelo centro.





Essa é a Praça D. Pedro IV, mais conhecida como Rossio. Reparem, foi o desenho desse chão que inspirou o calçadão de Copacabana. E pra quem não sabe, D. Pedro IV é o nosso D. Pedro I. Bem, as semelhanças não param por aí... Boa parte da arquitetura do Rio foi espelhada em Lisboa. Para um carioca, andar no centro da capital portuguesa é como voltar no tempo!


...................................................... Ruínas do Conveto do Carmo, vista interna

Ali por perto ainda temos o Convento do Carmo, que foi construído entre 1389 e 1423. No dia 1 de novembro de 1755, o grande terremoto que abalou a cidade, destruiu boa parte da igreja e do convento. Estes nunca chegaram a ser totalmente reconstruídos.


..................... Arco Triunfal da Rua Augusta, ao fundo a estátua de D. josé I na Praça do Comércio.
...............................................A praça mesmo estava em obras, não deu pra fotografar.




.......................... O arco novamente. Nesses prédios amarelos funcionam alguns dos ministérios.

Já ao sul da Baixa, coladinho ao rio Tejo, temos a Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço. Nesta zona, situou-se o palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Gente, muita gente



Depois de viver quase 3 anos em Lisboa, havia me esquecido como o Rio é caótico. A cidade ferve, as pessoas (os pedestres, as bicicletas, os entregadores, os camelôs, os pedintes...) se atropelam! Uma loucura!

A cidade é populosa e povoada ao extremo e administrar esse caos se tornou impossível.

Outro dia foi à médica, no centro, e quase surtei. Na calçada, um te atropela daqui, outro te esbarra dali... Fui ficando zonza. Pra piorar, decidi não pegar o metrô, que anda insuportável por causa da super lotação. No ponto, bem em frente à estação da carioca, os ônibus passavam e não paravam e eu com cara de boba. Já p. da vida, fui me lembrando que pra eles pararem naquela bendita confusão, você tem que ficar no meio da rua, se jogar, gesticular, xingar e depois correr atrás dele, porque eles só param lá longe...

obs: A cidade do Rio de Janeiro tem mais de 6 milhões de habitantes e uma densidade demográfica superior a 5 mil habitantes/km², enquanto Lisboa tem uma densidade demográfica de praticamente 10x menos, cerca de 518 hab/km².

quarta-feira, 10 de março de 2010

Expatriada: pequenas descobertas do cotidiano

Cozinhar com azeite é bom, barato, faz bem a saúde e custa pouco! Dá pra resistir? Ah, como, além de cozinhar com azeite os portugueses sempre usam muito e tudo acaba sendo "molho de azeite", eles acham um absurdo a gente cozinhar com óleo. Ficam super enojados!

Beber cerveja pesada ou “especial” (cerveja vermelha, gourmet, de trigo, etc). Também é uma delícia e muito barata. Uma cerveja normal no supermercado custa menos de 0.40 e um chope no bar, 1.00 euro! O que mais me impressionou foi verificar que gelar demais a cerveja pode sim destruir seu sabor. “Menina do Rio”, acostumada com a loira estupidamente gelada, me surpreendi ao descobrir que nem toda cerveja pode ser gelada demais, mesmo que seja loira e que esteja bem quente lá fora.

Bem, isso sem falar das opções que combinam com inverno. A cerveja turva de trigo, a preta stout, as pesadas belgas ou tchecas… Hummmmmmmm, maravilha!

Aprendi a função dos acessórios, lenço, cachecol, gorro, etc. Cada tipo, cada tecido, cada peça tem sua estação do ano e sua utilidade. E pensava assim “Ah, cachecol de lã é útil quando está bem frio, mas lencinho… Isso é enfeite.” Nada disso, quando bate aquele ventinho do final da tarde, mesmo que não esteja no inverno, só quem passou por isso sabe a falta que um lenço no pescoço ou no ombro faz.

Comodidade de ter um carro. Natural da cidade das esquinas, onde os serviços - farmácia, padaria, supermercado, etc - estão por todo lado, estranhei muito como as ruas ficam vazias no final do dia e como é difícil encontrar um comércio aberto. Depois de um bom tempo morando em Lisboa, ainda entrei em choque quando liguei para farmácia de plantão (à noite, as farmácias revezam em plantão e só ela fica aberta em quilómetros) e a atendente achou um absurdo eu perguntar se eles entregavam em casa, claro que não entregam, né?!

obs: normalmente o comécio que fica aberto até tarde é de imigrante, no caso de Portugal, os chineses.

Caldo verde não precisa de linguiça, ao contrário da fartura brasileira, o caldo verde por lá costuma vir com uma ou duas rodelinhas de linguiça. Ela é só pra dar um gostinho. Na hora da preguiça, fazia a minha até sem…

Descobri que é impossível ser magro e facílimo ser sedentário em um país frio. Chocolate, sorvete, batata frita tudo um delícia e super barato. Mesmo assim eu tentava resistir, gosto de ter uma alimentação saudável, meu corpo reage melhor e a forma agradece. A questão é que o frio dá uma foooooooome. Aí você como e depois não quer andar naquele tempo inóspito, já viu o resultado…

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Acabou o milho, acabou a pipoca

Pôr-do-sol em Ipanema

Como boa carioca, pulei o Carnaval, morri na 4a feira de cinzas e agora sim começa meu ano de 2010. Vamos ver o que esse país doido reserva pra mim.

Sobre o Carnaval, me senti mais segura do que imaginava, mesmo sabendo de umas histórias meio escabrosas de roubos e violências. Por outro lado, a cidade estava bem mais cheia do que eu imaginava. E, pela primeira vez, não consegui decidir se gosto ou detesto Carnaval. Já tive fase de me esconder no meio do mato com o menor e mais seleto grupo de amigos, também já caí na folia feliz da vida.

Desfile do Rio Maracatu em Ipanema,
agora com carro de som e corda.
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Mas, dessa vez... Não consegui decidir entre a euforia da festa e a angústia da multidão. Ah, sem falar do calor escaldante. Pro ano, se eu quiser ou tiver que ficar por aqui, acho que vou comprar fantasia em bloco que tem corda. Assim, vou brincando com mais conforto. De qualquer forma, não desisti de ir ao Céu na Terra e no Boitatá em dias mais calmos e dançar no Rio Maracatu novamente. Quem sabe na Semana Santa..., porque no Carnaval estavam todos lotados.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cidade tropical, clima dos infernos, preço europeu


Tem uma semana que cheguei de Portugal depois de dois anos e meio sem voltar a terrinha. Estava morrendo de saudades, mas sabia que algumas coisas iriam me incomodar bastante, aliás, já incomodavam antes deu sair do país.

O calor anda insuportável e, mesmo querendo muito, ainda não consegui ir a praia. Deu no jornal, que hoje o Rio de Janeiro teve a segunda maior temperatura do mundo, isso significa, que, nesse verão, talvez seja melhor morar no deserto. Já viu né… Fiquei curiosa pra saber onde foi a maior temperatura, mas não falaram…

Mas não é o clima o que mais tem me afligido por aqui. Quando eu ainda estava em Lisboa, todo mundo já comentava sobre as altas temperaturas, inclusive os telejornais. Além disso, também estava farta daquele frio, detesto ter que colocar um monte de roupas, meias e acessórios. E, da mesma forma que estamos passando pelo pior verão dos últimos tempos, a Europa passa pelo pior inverno.

O que me causou um impacto muito grande foi o preço das coisas. Eu tinha noção disso, sabia inclusive, que, mesmo convertendo do euro pro real, alguns produtos continuavam mais caros no Brasil. Mas a situação está muito pior! Nem imagino como pobre sobrevive. Qualquer camisetinha básica de malha, qualquer latinha de sardinha, tudo uma fortuna! Dez reais não valem nada. O impulso imediato é pegar o primeiro avião de volta.

A cidade está suja, não se tem segurança em lugar nenhum, os impostos são altos, mas a qualidade de vida desce cada vez mais. Uma pena, a cidade é linda e já foi maravilhosa… não é mais…

sábado, 16 de janeiro de 2010

Informação errada, puro preconceito

Levada pela confiança na fonte, acabei publicando uma falsa carta da PSP no blog. Como não tenho assistido a jornais portugueses, pensei que o tal assalto durante a apresentação pudesse sim ter acontecido (mesmo achando um bocado cinematográfico demais) e ter sido noticiado, mas eu não ter visto pelo fato de estar isolada na minha casa com emissora brasileira.

De qualquer forma, antes que perguntem, desconfiei sim de comunicado tão macarrônico. Mas vou explicar a situação. Meu marido trabalha com dinheiro e com imigrantes, a chefia recebe constantemente comunicados da polícia para ter cuidado com certas pessoas ou situações. Há pouco tempo, conseguiram prender desta forma um cliente que havia assaltado várias ourivesarias.

Quando recebi este e-mail do Rapha, a primeira coisa que pensei foi “é claro que é falso”, mas quando o Rapha me disse que recebeu da empresa, não duvidei da sua veracidade. Jamais imaginei que um funcionário (não um funcionário qualquer, um responsável, com um cargo importante, com autorização para repassar comunicados da polícia!) fosse repassar um spam como sendo um comunicado oficial antes mesmo de verificar com a polícia, uma vez que eles têm contato direto!

Peço minhas desculpas! Estou super chocada com a irresponsabilidade e com o preconceito deste indivíduo!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Casamento gay

Enfim foi aprovado o casamento entre pessoas do mesmo sexo em Portugal. A nova lei parece ter desagradado bastante. A direita, com seu porta-voz maior, o excelentíssimo presidente, veio a público falar dos valores da família e da igreja. E um movimento, mais político que popular, conseguiu angariar 90.000 assinaturas em menos de um mês, afim de exigir um referendo sobre o assunto.

A mídia não me parece muito a favor dos direitos homossexuais, tendo em vista a forma como ressalta os discursos tradicionais e como expõe imagens de casais do mesmo sexo vestidos de noivos, como se o casamento homossexual fosse aquilo e somente aquilo.

Por outro lado, as más-línguas dizem que nada disso irá abalar a nova lei, uma vez que o primeiro-ministro, José Sócrates, tem motivos pessoais para defender o assunto.

Como acabará essa história…? Esperem pelos próximos capítulos…

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tudo novo de novo

Não sou de promessas de Ano Novo, nem de místicas de azar ou sorte. Passar de branca, pular onda, comer lentilha, acho graça e até pratico, quando rola, mas não me apego. Acredito em metas e esforço pessoal. E é normal fazer uma reavaliação do que aconteceu, quando se fecha um ciclo.

O final de um ano nem sempre é o final de um ciclo, mas, fazendo essa reflexão, notei que no meu caso as mudanças têm coincidido com a virada do ano ou bem próximo disso. Além do que, as novidades e as conquistas têm sido intensas desde que decidimos morar em Portugal.

2006 – Eu e o Rapha decidimos que, caso não conseguíssemos os empregos que tínhamos em vista no Rio até janeiro de 2007, viríamos para Europa.

2007 – Casamos e viemos para Portugal. Arranjamos emprego.

2008 – Alugamos um apartamento em Lisboa depois de duros 3 meses de procura. Rapha conseguiu um emprego mais estável. Fizemos nossas primeiras viagens fora de Portugal. Paris!!!

2009 – Tomei a difícil decisão de sair do meu emprego. Engravidei sem querer, mas quis, mas perdi… Decidimos voltar em definitivo para o Brasil.

2010 – Acabei de comprar a passagem de volta para o Rio. E começar tudo de novo… Novo emprego, nova casa e, quem sabe, nova cidade… Ano que vem conto como foi!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Virada 2010

A virada esse ano em Lisboa foi aos pés da Torre de Belém. A tradicional festa na Praça do Comércio foi transferida para Belém devido a uma interminável obra com direito a tapumes e fechamento de ruas, que domina o Terreiro do Paço há quase um ano.

Desinformados, fomos até a Praça do Comércio, chegamos por volta das 23h30, quando descobrimos a mudança. Bem que eu estava achando estranho, já havia comentado com o Rapha, mas ele insistiu que seria lá, dizendo que viu divulgação, etc.

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Não consguimos chegar a Torre, ficamos ali perto, no jardim.

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De qualquer forma, não havia muito tempo pra pensar, ou era morrer no praia (no rio Tejo, no caso), ou pegar o metro até o carro, ir de carro até Belém, acerta o caminho por dentro, já que a “beira rio” está parcialmente fechada devido a obra, rezar pra não haver nenhuma interdição nas ruas devido à festa e encontrar um milagroso lugar para deixar o carro.

Por incrível que pareça a cidade estava tranquila, poucos carros na rua (alguns atrazadinhos como nós), nenhuma confusão. Às 23h59 nós estávamos do lado do nosso destino, mas … e onde largar o carro? Claro que passamos a virada no carro. (Será isso algum sinal?) Depois de uma volta inútil, vimos parte dos fogos de dentro do carro e acabamos deixando ele ali mesmo com o pisca ligado e fomos assistir o show um pouco mais de perto.

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Resgatando o carrinho momentaneamente abandonado.

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Ao contrário do que era de se esperar (ou não, na verdade), a surpresa positiva não foi festa, que estava bem caidinha, desanimada e com uns fogos muito simples. O que me surpreendeu mesmo foi a calma, a segurança, a tranquilidade. Eu não levei minha câmera nova, fiquei pensado “Lisboa é tranquila, mas dia de festa, bebedeira, qualquer um na rua… Sei não…” Que nada, poderia ter levado sem problemas, nem o inconveniente bêbado de todas as festa estava lá, ou se estava, não vi.

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