quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Indianos, meus preferidos


Pra quem acompanha o blog desde sempre, sabe que Lisboa é uma cidade, hoje, com mais imigrante que portugueses (eu nunca vi nenhuma estatística sobre isso, mas tenho certeza kkkk). Acredito que a maioria seja de africanos e brasileiros, por motivos óbvios. Mas também encontramos muitos chineses, russos, moldavos, romenos e indianos.

Do pouco que pude conviver com essas pessoas e suas culturas, incluindo portugueses e brasileiros, os que melhor me impressionaram foram os indianos. Não pela novela, pelos lindos tecidos, pelas jóias, pela pintura do rosto ou pela rena no corpo, mas pelo seu gênio. Sempre tão serenos… São simpáticos, falam baixo e costumam ser educados com a família e com os estranhos. Não sei como se comportam dentro de casa ou a imagem que transmitem a quem visita a Índia, onde estão em maioria e em maior diversidade de caráter (se alguém já esteve lá, me diga qualquer coisa), mas, aqui, não tenho do que reclamar.

Bem, os homens, quando andam em grupo na rua e resolvem olhar pra você, são um pouco estranhos, dá um certo medo. Mas, também, não dizem nada. Ao contrário dos africanos que ficam gritando “zuca”, “oh, zuca”. “Valeu, você é muito esperto, descobriu que eu sou brasileira. Até uma ameba era capaz de concluir isso. Agora, me deixa em paz que eu não te conheço de lado nenhum e já não gosto de você!” Eu penso, mas não digo uma palavra, finjo que não é comigo, mesmo que gritem no meu ouvido, e sigo em frente, porque nessas horas a melhor solução é não dar corda. Afiiii, odeio quando eles fazem isso!

domingo, 25 de outubro de 2009

Dominando o mundo


Chegamos em Bruxelas no nono dia de uma viagem de dez, depois de despertar bem cedo de uma noite mal dormida. A viagem de trem de Amsterdã até a capital belga foi boa, tirando o período em que uma criança resolveu gritar dentro do vagão, normal. Sabíamos que o dia seria longo, era este o prazo para conhecermos o máximo da cidade e ainda nem tínhamos um lugar para pernoitar...

Após sairmos do trem meio grogues, a primeira providência era encontrar um lugar para ficar. Fomos ao ponto de informação da estação, pegamos um mapa e mãos à obra! Andamos alguns minutos pelo centro da cidade completamente vazio, fora da zona turística. Logo descobrimos que a região tinha muitas ruas além das do mapa e não sabíamos se estávamos indo na direção certa. Ok, hora de pedir informação. Reduzimos o ritmo da caminhada, preparamos os neurônios (afinal, teríamos que encontrar um belga, falar em inglês, fazê-lo encontrar uma referência no mapa incompleto, entender tudo isso e, claro, seguir corretamente as instruções, isso se ele soubesse ajudar, UFA!).

Fui observando, vendo se havia alguém sem cara de bebum na rua ou algum comércio aberto. De repente vemos “Casa de carne”, e o Rapha diz “deve ser de português…” “não Rapha, em Portugal, açougue se chama talho e português não muda nada. Isso é de brasileiro”. Dito e feito, os donos eram brasileiros, de Minas. Depois vim descobrir que é comum esse nome no Brasil, mas nunca havia visto no Rio. Ah, além de carne, eles também vendiam queijo, minas, claro hehe.

Bem, eles nos indicaram a direção do albergue e chegamos lá rapidinho. Depois disso, andando pela cidade ainda encontramos um bar brasileiro e uma loja de havaianas. Em pensar que a segunda pessoa com quem falei na Bélgica foi uma brasileira! Nossa, isso acho que herdamos dos portugueses, tem brasileiro em tudo que é canto!!!

obs.: só eu (vivo em PT) tenho uma prima na Espanha, uma amiga na França, outra em Singapura, alguns em Londres, um casal nos EUA, uma colega no Chile, e por aí vai...

Acabei não tirando foto do açougue, ficam aí as fotos dos outros dois empreendimentos (a loja de havaianas, acho que não era de brasileiros, mas tá valendo…)



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Docinhos


Meus doces favoritos sempre foram a base de chocolate, pouco fujo a isso. Cremes, chantilly, tortinhas, de um modo geral não me atraíam. Mas tanto se fala da confeitaria francesa que resolvi experimentar umas tortinhas e outros doces. Pra dizer a verdade, não colocava muita fé, porque aqueles doces tão bonitos, tão delicadamente confeitados, não podiam ser assim tão gostosos (ao menos pra uma pessoa que em tese, lembrem, não curte cremes e afins). Surpresa, são simplesmente deliciosos! Azedinhos, sutilmente adocicados, uma textura maravilhosa e uma harmonia de sabores de forma que conseguimos identificar a mistura de ingredientes frutas, cremes, chocolates, massa, seja o que for. E, no final, ao invés do enjoo, uma gostinho de quero mais.

Amei!

E pra completar a minha felicidade ainda descobri uma bomba de pistache com um leve toque de chocolate. Nunca imaginei gostar tanto de tortinhas! Hummmmmmm

Mas, saindo da França, continuo desconfiada da qualidade dos docinhos, prefiro não arriscar a ter que lidar com a frustração de um chantilly amanteigado, um gosto açucarado em excesso, uma massa murcha, frutinhas sem gosto…

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Hábitos e Janelas

Ontem, cheguei em casa e encontrei o lençol amarrado na maçaneta da porta de entrada. Detesto quando isso acontece!

Deixa eu explicar, aqui é muito comum ter o varal para o lado de fora da janela, somente nos prédios mais novos das zonas mais elitizadas é que têm estrutura para secar a roupa do lado de dentro. Então, quando venta muito, é comum que a roupa cai na rua. Normalmente, eles colocam no hall de entrada do prédio a roupa que encontram na rua, mas, como sabiam que o lençol era meu por causa do outro que continuou pendurado, prenderam na minha porta mesmo. Aí, quando isso acontece, tenho que lavar tudo novamente…



A minha casa é um meio do caminho, tem até uma áreazinha e um secador improvisado que não dá pra roupa toda, mas resolve o problema das peças íntimas e também das mais delicadas. O povo aqui está tão acostumado a colocar a roupa do lado de fora que eu já tive a calçola da minha vizinha de cima caída no meu varal (eca!) e olha que ela é uma mulher nova!

O mais impressionante é que até nos apartamentos mais baixos (rés-de-chão, nosso térreo) eles penduram tudo pra fora, calcinha, soutein, toalhas, na altura de qualquer um sujar ou levar embora.

Falando em hábitos e janela, outra coisa com a qual eu não me adaptei até hoje é costume de bater o tapete na janela. Sempre que posso dormir até mais tarde, acordo com a vizinha batendo tapete e penso “Ai, minha casa limpinha…” ou “Ai, minha alergia…”

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Setorização do mercado de trabalho e especialização da mão de obra

Ainda há pouco, vi uma máteria em um telejornal brasileiro que me fez lembrar as aulas de geografia da escola. Minha professora dizia que cada vez mais o profissional estava se especializando pra um mercado de trabalho que exigia conhecimentos muito específicos sobre cada área - que são muitas.
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O problema é que a máteria em questão tratava de bandidos, mas não eram quaisquer bandidos, eram sequestradores especializados no sequestro de funcionários de bancos estaduais! Puts, esses caras têm mais título que os meus amigos com mestrado e doutorado!
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Já se foi o tempo em que ladrão era simplesmente... ladrão.

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