sexta-feira, 26 de março de 2010

Matando as saudades

............................................. Rossio, vista do Elevador de Santa Justa


Enfim consegui baixar do meu celular as fotos do último dia de passeio em Lisboa. Andamos pelo centro.





Essa é a Praça D. Pedro IV, mais conhecida como Rossio. Reparem, foi o desenho desse chão que inspirou o calçadão de Copacabana. E pra quem não sabe, D. Pedro IV é o nosso D. Pedro I. Bem, as semelhanças não param por aí... Boa parte da arquitetura do Rio foi espelhada em Lisboa. Para um carioca, andar no centro da capital portuguesa é como voltar no tempo!


...................................................... Ruínas do Conveto do Carmo, vista interna

Ali por perto ainda temos o Convento do Carmo, que foi construído entre 1389 e 1423. No dia 1 de novembro de 1755, o grande terremoto que abalou a cidade, destruiu boa parte da igreja e do convento. Estes nunca chegaram a ser totalmente reconstruídos.


..................... Arco Triunfal da Rua Augusta, ao fundo a estátua de D. josé I na Praça do Comércio.
...............................................A praça mesmo estava em obras, não deu pra fotografar.




.......................... O arco novamente. Nesses prédios amarelos funcionam alguns dos ministérios.

Já ao sul da Baixa, coladinho ao rio Tejo, temos a Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço. Nesta zona, situou-se o palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Gente, muita gente



Depois de viver quase 3 anos em Lisboa, havia me esquecido como o Rio é caótico. A cidade ferve, as pessoas (os pedestres, as bicicletas, os entregadores, os camelôs, os pedintes...) se atropelam! Uma loucura!

A cidade é populosa e povoada ao extremo e administrar esse caos se tornou impossível.

Outro dia foi à médica, no centro, e quase surtei. Na calçada, um te atropela daqui, outro te esbarra dali... Fui ficando zonza. Pra piorar, decidi não pegar o metrô, que anda insuportável por causa da super lotação. No ponto, bem em frente à estação da carioca, os ônibus passavam e não paravam e eu com cara de boba. Já p. da vida, fui me lembrando que pra eles pararem naquela bendita confusão, você tem que ficar no meio da rua, se jogar, gesticular, xingar e depois correr atrás dele, porque eles só param lá longe...

obs: A cidade do Rio de Janeiro tem mais de 6 milhões de habitantes e uma densidade demográfica superior a 5 mil habitantes/km², enquanto Lisboa tem uma densidade demográfica de praticamente 10x menos, cerca de 518 hab/km².

quarta-feira, 10 de março de 2010

Expatriada: pequenas descobertas do cotidiano

Cozinhar com azeite é bom, barato, faz bem a saúde e custa pouco! Dá pra resistir? Ah, como, além de cozinhar com azeite os portugueses sempre usam muito e tudo acaba sendo "molho de azeite", eles acham um absurdo a gente cozinhar com óleo. Ficam super enojados!

Beber cerveja pesada ou “especial” (cerveja vermelha, gourmet, de trigo, etc). Também é uma delícia e muito barata. Uma cerveja normal no supermercado custa menos de 0.40 e um chope no bar, 1.00 euro! O que mais me impressionou foi verificar que gelar demais a cerveja pode sim destruir seu sabor. “Menina do Rio”, acostumada com a loira estupidamente gelada, me surpreendi ao descobrir que nem toda cerveja pode ser gelada demais, mesmo que seja loira e que esteja bem quente lá fora.

Bem, isso sem falar das opções que combinam com inverno. A cerveja turva de trigo, a preta stout, as pesadas belgas ou tchecas… Hummmmmmmm, maravilha!

Aprendi a função dos acessórios, lenço, cachecol, gorro, etc. Cada tipo, cada tecido, cada peça tem sua estação do ano e sua utilidade. E pensava assim “Ah, cachecol de lã é útil quando está bem frio, mas lencinho… Isso é enfeite.” Nada disso, quando bate aquele ventinho do final da tarde, mesmo que não esteja no inverno, só quem passou por isso sabe a falta que um lenço no pescoço ou no ombro faz.

Comodidade de ter um carro. Natural da cidade das esquinas, onde os serviços - farmácia, padaria, supermercado, etc - estão por todo lado, estranhei muito como as ruas ficam vazias no final do dia e como é difícil encontrar um comércio aberto. Depois de um bom tempo morando em Lisboa, ainda entrei em choque quando liguei para farmácia de plantão (à noite, as farmácias revezam em plantão e só ela fica aberta em quilómetros) e a atendente achou um absurdo eu perguntar se eles entregavam em casa, claro que não entregam, né?!

obs: normalmente o comécio que fica aberto até tarde é de imigrante, no caso de Portugal, os chineses.

Caldo verde não precisa de linguiça, ao contrário da fartura brasileira, o caldo verde por lá costuma vir com uma ou duas rodelinhas de linguiça. Ela é só pra dar um gostinho. Na hora da preguiça, fazia a minha até sem…

Descobri que é impossível ser magro e facílimo ser sedentário em um país frio. Chocolate, sorvete, batata frita tudo um delícia e super barato. Mesmo assim eu tentava resistir, gosto de ter uma alimentação saudável, meu corpo reage melhor e a forma agradece. A questão é que o frio dá uma foooooooome. Aí você como e depois não quer andar naquele tempo inóspito, já viu o resultado…

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