segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Será diferente em NY ou Miami?

Uma amiga, que mora aqui em Portuga, na grande Lisboa, passou por uma situação que me chocou! Meu primeiro impulso foi publicar a história aqui. Depois fiquei pensando no motivo e tal. Bobagem, quero divdir com vocês meu espanto, acho que é só isso mesmo.

Ela publica no orkut Tentaram entrar na minha casa hoje! Já não há segurança em lugar nenhum! OBRIGADA MEU DEUS, PELA PROTEÇÃO!!! e eu fui perguntar o que e como exatamente aconteceu...

"Olá, querida! Então, tentaram entrar pra assaltar, às 8:15 da manhã. O Lino já tinha saído pro trabalho e eu tava sozinha com a Sofia, Depois fiquei sabendo por uma senhora do prédio que viu a movimentação que eram 4 caras. Eles tentaram abrir a fechadura e eu aqui batendo na porta e mandando eles irem embora. Eles só disseram: Calma, senhora! E continuaram tentando! Como não conseguiram começaram a bater na porta com força pra eu abrir, mas não abri, claro. Liguei pro Lino e fui pro quarto pra proteger a Sofia que ainda tava dormindo, no caso de eles conseguirem entrar. Mas depois deisitiram e foram embora. Nem pude dar queixa na polícia, pq eles só aceitam a queixa se eles tivessem conseguido entrar e se tivessem levado alguma coisa, acredita? Agora imagina meu desespero!"

Q bizarro!!! nem dá pra acreditar! To chocada com o abuso deles e com o atraso da lei em PT! Mas vc nao podia ligar na hora e dizer q tavam querendo invadir sua casa? Alias, invasão de domicilio não é crime? Não é possível!!! Quer dizer q qq 1 pode entrar na minha casa, sem a minha autorização, a hora q quiser e não dá em nada?Mesmo chocada... (eu escrevi pra ela e ela me respondeu...)

"Olha, eu tava dormindo, acordei com o barulho deles, fiquei atordoada, uma mistura de grogue e apavorada! Levei um tempão pra conseguir discar o número do Lino, tremia por todos os lados! Ia ligar pra polícia a seguir, mas foi neste momento que eles foram embora. Esperei acalmar e liguei pra esquadra e o polícia (gago kkkkk) que me atendeu nem perguntou se eles tinham entrado, foi logo perguntando se tinham levado alguma coisa. Eu disse que não e ele disse que então não podiam fazer nada. Acho que eu vejo muito CSI, pq pensei que podia fazer queixa e eles vinham tirar impressãoes digitais, algo do gênero... Aí eu disse: Mas e se eles voltarem? E o gago: A senhora não acha que a gente pode deixar uma viatura 24 horas pro dia a vigiar a sua casa, não é?!!!!!!!!!"

domingo, 30 de agosto de 2009

Vai lá ver

Já comecei a postar no http://idevelas.blogspot.com/ Se quiserem conferir... bjs

O blog surgiu para dar finalidade a algumas práticas que pretendo intensificar nas minhas horas vagas. Fotografar Lisboa com olhar mais apurado, pesquisar e visitar lugares interessantes, repassar pequenas dicas de onde e, principalmente, como desbravar certas atrações turísticas desta cidade – e de outras, por que não? Espero ser útil ou ao menos divertida! E, se puderes... ide vê-las!

sábado, 29 de agosto de 2009

Meu mundinho


Da roda a internet as invenções humanas facilitam e agilizam nossas vidas (muitas vezes complicam e encarecem, mas isso é uma outra história…), porém há também muita futilidade capitalista (simplificando).

Pra mim as MMS e as vídeo-chamdas eram um exemplo desses excessos. No geral, muito ônus pra muito pouco bônus. Outro dia, entretanto, entro no ônibus e vejo de relance uma mulher gesticulando para o celular. “Mas que porcaria é essa?!”, pensei. Quando olhei com mais atenção, vi que era uma conversa entre surdos-mudos via telefone.

Agora, imaginem só, antes dessa tecnologia, essas pessoas não podiam se comunicar por telefone, não tinham autonomia ou tinham muito pouca, ficando limitados a SMS ou qualquer outra ferramenta que me escape. O que pra mim era uma futilidade, pra eles deve ter sido revolucionário.

sábado, 22 de agosto de 2009

Oh, menina!

Quando comecei a trabalhar diretamente com o público português, notei que algumas pessoas me chamavam por “oh, menina”, “Oh, menina, deixa disso.”, “Oh, menina, não vale a pena.” Esse tratamento, que me soava tão pejorativo, me aborrecia um bocado. Eu, com 29 anos, casada, pagando minhas contas, não sou uma menina, principalmente para um estranho.

Outro dia, andando por Odivelas, ouço uma velhota gritar “Oh, menina!”. Olho para um lado e pra outro e não vejo ninguém. E ela continua “Oh, menina!”. Olho novamente e nada. A senhora insistente vem caminhando na minha direção. “Só falta ser comigo…”, penso. Entretanto, percebo enfim que, atrás de mim, vem uma outra senhora, muito velhinha, de bengala. Bom, encontrei a “menina” e segurei o riso, claro. Hehehe Depois, desse episódio passei a não me chatear com tal tratamento.

Ah, ia me esquecendo, assistindo filme de época na tv, notei que eles traduzem mrs por senhora (ok) e chuta como traduzem miss? Menina…

sábado, 15 de agosto de 2009

Partido Nulo

Símbolo do Partido Nulo, representa o nulo absoluto, o nada e o tudo.
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Em Portugal o voto é opcional, o que permite, por alienação ou por insatisfação, a abstenção eleitoral e ela tem acontecido em grande número. Se por um lado os partidos já existentes vêm fazendo um grande esforço para levar o eleitor a urna sob a justificativa de que o voto é decisivo para a mudança, para a melhora … Por outro, existe um grupo de pessoas que constatou um descontentamento generalizado com a política e vislumbra uma renovação mais profunda.

O sistema eleitoral aqui não inclui o voto nulo, opção que demonstra insatisfação com os candidatos e altera a proporcionalidade. A abstenção, segundo eles, serve apenas como uma forma de legitimar as propostas que são apresentadas pelos partidos. Pelo contrário, um voto nulo lança a desconfiança em relação ao sistema funcionar ou não. Como respaldo para seu discurso, eles citam o atual governo, eleito com maioria absoluta dos votos, representa, entretanto, nada mais de 30% dos votantes inscritos.

Inspirados em países como Canadá e Alemanha, nos quais existem partidos e candidatos reais que se comprometem em, uma vez eleitos, não tomar posse, o Partido Nulo é a apenas um movimento que sugere o voto criativo (uma rasura na cédula) como protesto. “Apelamos ao voto nulo porque recusar os maus candidatos que se apresentam a eleições é um direito legítimo” Diz Manuel Ramos, líder do movimento, em matéria a tvi 24 (http://www.tvi24.iol.pt/politica/partido-nulo-movimento-eleicoes-voto-abstencao-tvi24/1080571-4072.html)

Minha única observação a respeito disso tudo é que o sr. Manuel João Ramos há dois meses era vereador da câmara de Lisboa. Ou seja, toda essa atividade não surge da motivação pública, mas da iniciativa de um político. Não sei não, mas isso me lembra a tempestade que muitas vezes se faz no Brasil e acaba dando origem a partidos políticos que, por fim, repetem a postura dos seus antecessores.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Olá Amigos,

estou começando um novo blog como forma de estimular e divulgar minhas fotos, dicas e pequenas pesquisas sobre Lisboa (principalmente) e outros lugares. Deve colocá-lo no ar ainda neste fim-de-semana, entretanto estou um pouco frustrada, porque não queria que fosse um blog. Como a idéia é que a foto puxe o texto e não o contrário, pensei primeio em num fotolog, mas decobri que, para publicar mais de uma foto por dia, teria que pagar. Então decidi fazer um blog mesmo, mas pensei que talvez algum de vocês tivesse uma idéia genial pra resolver meu pequeno impasse.

Nem sei se o fotolog seria o suporte ideal, porque só permite uma foto por página...

Bem, se souberem de algo, please!, me falem.

8*)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A vulgaridade não vem dos trópicos

Ainda no Brasil, ouvi muita gente dizer que o brasileiro era deselegante, chic mesmo era o europeu. Sempre bem vestido, etc, etc,etc. Alguns ainda arriscavam o palpite de que o frio ajuda e que com os casacos de inverno todo mundo acaba por parecer mais bem vestido.

Agora que o verão enfim resolveu chegar, já vejo por aí muita mulher (gorda, magra, nova, não tão nova…) com os shortinhos e tops deixando o que deveria e o que não deveria de fora. Mas eles não vêm só, estão aliados às tão criticadas (pelos portugueses) “chineletas”, são sandálias rasteiras, chinelos e, claro, as famosas havaianas, verdadeiras ou não, mas sempre com a bandeirinha do Brasil! Entretanto, o que mais se vê e também o que menos me agrada são os sutiãs aparecendo. Ok, eu sei, é moda, no Brasil tb… Mas até hoje não vi uma alça bonitinha, decorada, combinando com a roupa, uma rendinha aparecendo no decote. Não. São mesmo de qualquer cor, aqueles mais comuns, destoando da roupa, vestidos com blusa tomara-que caia!

Acho que acertou quem disse que o calor deixa as pessoas mais descontraídas e, por vezes, confortáveis demais. De qualquer forma, mesmo com o festival de mal gosto, fico feliz por ver as portuguesas mais relaxadas, mais à vontade.

Obs: resumindo e concluindo, vistam-se como quiserem, só não venham dizer que a vulgaridade é coisa de brasileira ou africana! ;)

domingo, 9 de agosto de 2009

O exercício de ser feliz

Acredito em sentimentos naturais e espontâneos, mas sorrir por obrigação pode ser um esforço reconpensado.

Todos os dias me levanto às 7h, mas demoro muito a acordar. Sempre fui assim. Não é uma questão de mal humor como parece a 1a vista, é uma inabilidade de falar ou manifestar qualquer sentimento. Meu cérebro ainda está adormecido.

Contudo, miha função me obriga, já cedo, a falar, ser clara e sorrir. Nos primeiros minutos, o esforço é muito grande, a atitude não é natural pra mim. Entretanto, sinto rapidamente uma alteração positiva no meu estado de espírito.

Foi nessa situação que pude confirmar na prática que o empenho em sorrir pode inserir uma pessoa no ciclo virtuoso da alegria. Mas, se a transformação do humor não for verdadeira e o fingimento for contínuo, o resultado pode ser um grande estresse.

*(a imagem acima é a foto de divulgação do produto q estou promovendo, muita gente pergunta se sou eu kkkkk)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Para ver, ouvir e dar passagem

Gosto de observar as pessoas e as suas reações, não sou fofoqueira. Aliás, daria uma péssima fofoqueira, eu sempre me esqueço dos detalhes da história, mas registro muito bem as sensações.

No meu trabalho atual, não como parte da função, mas como consequência dela, acabei por observar as pessoas que passam todos os dias no corredor daquele pequeno centro comercial. Talvez não sejam pessoas interessantes, mas são no mínimo instigantes e dariam ótimas personagens.


O primeiro que me despertou para uma observação mais atenta dos demais frequentadores é um senhor de bigode que todos os dias está a porta do supermercado assim que abre e todos os dias ele compra 2 engradados de cervejas long neck em taras retornáveis. Eu ficava – e ainda fico – me perguntando, seriam para consumo próprio? Mas quem consegue consumir tanta cerveja de uma vez só e todos os dias? E se é para revenda, por que não compra direto do fornecedor? Sairia muito mais barato.

Tem um senhorzinho muito simpático que nos cumprimenta, diz que já tomou o café, vai dar uma voltinha, comprar qualquer coisa e que mais tarde volta para “tomar um gelado”. Ele sempre conta a história da sua filha que hoje vive em Londres e já deve ser uma senhora, mas que na escola quebrou o nariz de um colega com um soco depois que esse passou a mão no “rabo” dela. Segundo o senhor, a diretora, ao saber o motivo da agressão, deu razão a menina e suspendeu o rapaz! Um tanto radical, não?

Outro frequentador assíduo é um homem com uma menina no carrinho. Ele parece avô da criança, mas pelos padrões portugueses é mais provável que seja pai. O homem passava longe, empurrando sempre carrinho, gesticulava, dando um adeus, dizendo qualquer coisa. Eu nunca ouvia a voz dele, achava que era pela distância, mas acabei por descobrir que ele é mudo.


Então, comecei a falar com ele por gestos. Passei dias agindo assim, até que me perguntei, ele não fala, mas quem disse que ele não ouve também? Normalmente quem não fala, na verdade não o faz, porque não ouve. Normalmente... mas poderia não ser o caso. Já pensou o ridículo, eu ali gesticulando e o homem não é surdo! Resolvi perguntar e confirmei minha dedução, ele é surdo-mudo. Já os filhos – além da menina do carrinho, tem também um casal um pouco mais velho – falam e ouvem sem problemas. Bem, isso segundo ele me informou. O estranho é que eu nunca ouvi um único som vindo da mais nova. Será que ela fala mesmo ou ele deduziu isso pelo fato dos outros dois falarem? Ou será que eu entendi mal?

E assim as personagens e as histórias vão sendo construídas. É também assim que meus dias vão se tornando um pouco mais interessantes.

"E cada qual no seu canto /Em cada canto uma dor /Depois da banda passar /Cantando coisas de amor..."

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