quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Acabou o milho, acabou a pipoca

Pôr-do-sol em Ipanema

Como boa carioca, pulei o Carnaval, morri na 4a feira de cinzas e agora sim começa meu ano de 2010. Vamos ver o que esse país doido reserva pra mim.

Sobre o Carnaval, me senti mais segura do que imaginava, mesmo sabendo de umas histórias meio escabrosas de roubos e violências. Por outro lado, a cidade estava bem mais cheia do que eu imaginava. E, pela primeira vez, não consegui decidir se gosto ou detesto Carnaval. Já tive fase de me esconder no meio do mato com o menor e mais seleto grupo de amigos, também já caí na folia feliz da vida.

Desfile do Rio Maracatu em Ipanema,
agora com carro de som e corda.
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Mas, dessa vez... Não consegui decidir entre a euforia da festa e a angústia da multidão. Ah, sem falar do calor escaldante. Pro ano, se eu quiser ou tiver que ficar por aqui, acho que vou comprar fantasia em bloco que tem corda. Assim, vou brincando com mais conforto. De qualquer forma, não desisti de ir ao Céu na Terra e no Boitatá em dias mais calmos e dançar no Rio Maracatu novamente. Quem sabe na Semana Santa..., porque no Carnaval estavam todos lotados.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cidade tropical, clima dos infernos, preço europeu


Tem uma semana que cheguei de Portugal depois de dois anos e meio sem voltar a terrinha. Estava morrendo de saudades, mas sabia que algumas coisas iriam me incomodar bastante, aliás, já incomodavam antes deu sair do país.

O calor anda insuportável e, mesmo querendo muito, ainda não consegui ir a praia. Deu no jornal, que hoje o Rio de Janeiro teve a segunda maior temperatura do mundo, isso significa, que, nesse verão, talvez seja melhor morar no deserto. Já viu né… Fiquei curiosa pra saber onde foi a maior temperatura, mas não falaram…

Mas não é o clima o que mais tem me afligido por aqui. Quando eu ainda estava em Lisboa, todo mundo já comentava sobre as altas temperaturas, inclusive os telejornais. Além disso, também estava farta daquele frio, detesto ter que colocar um monte de roupas, meias e acessórios. E, da mesma forma que estamos passando pelo pior verão dos últimos tempos, a Europa passa pelo pior inverno.

O que me causou um impacto muito grande foi o preço das coisas. Eu tinha noção disso, sabia inclusive, que, mesmo convertendo do euro pro real, alguns produtos continuavam mais caros no Brasil. Mas a situação está muito pior! Nem imagino como pobre sobrevive. Qualquer camisetinha básica de malha, qualquer latinha de sardinha, tudo uma fortuna! Dez reais não valem nada. O impulso imediato é pegar o primeiro avião de volta.

A cidade está suja, não se tem segurança em lugar nenhum, os impostos são altos, mas a qualidade de vida desce cada vez mais. Uma pena, a cidade é linda e já foi maravilhosa… não é mais…

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