sábado, 26 de setembro de 2009

Corrigindo uma possível injustiça

Amsterdã é uma bela cidade e muito bem conservada. Além da droga e do sexo, que tanto se divulgam, eles têm uma história interessante e jeito peculiar de viver.

Canais


Amsterdã foi fundada sobre um terreno pantanoso, o que posteriormente deu origem aos seus famosos canais. Em alguns pontos, os canais são iluminados à noite, o que torna o percurso belo e romântico. A dica é sentar em um café e curtir a paisagem (a cidade é cheia deles, se não estiver muito frio, procure um que tenha as mesinhas sobre a ponte).


Transporte



A população é muito grande e eles encontraram nas bicicletas uma maneira económica e ecológica de resolver a questão do transporte. Até bike-táxi tem por lá!


Moradia



Na Holanda a invasão de casas desocupadas há mais de 1 ano é permitida por lei. Mas tudo com muita organização! É preciso provar que a casa ficou realmente inutilizada durante este período, entrar e ter alguns móveis, no mínimo uma mesa, uma cadeira e uma cama. Depois disso, os ocupantes passam a pagar somente contas e impostos. Pelo que entendi, ao menos em Amsterdã, não existe mais espaço para construir e esta tem sido uma alternativa barata para os jovens que querem sair da casa dos pais. É claro, que, se você não fizer tudo “dentro dos conformes”, vai parar na cadeia!


Arquiterura



Reparando bem, as casas têm uma inclinação lateral e uma frontal. A inclinação lateral é devido aos prédios terem sido construídos sobre um terreno alagadiço, com isso as construções cederam e foram tombando. A inclinação frontal, juntamente com um gancho no topo casa, foram as soluções encontradas para realizar as mudanças. Geladeiras, fogões, camas, são muito grandes para subirem suas estreitas escadas. O gancho ajuda içar os móveis, a inclinação impede que eles batam na fachada dos prédios.


Religião


A briga entre católicos e protestante era constante. A principal igreja da cidade, hoje, um museu, foi construída durante mais de 200 anos alternadamente por membros das duas religiões, que também se alternaram no uso de materias para construção. Isso que parece uma junção de casas, é, na verdade, uma única igreja.

Foi também da briga entre eles que surgiram as igrejas escondidas. Os católicos, proibidos pelos protestantes de manifestar sua fé, construíam templos sob a fachada de casas para burlar a repressão.

E mais

Podemos encontrar ainda na cidade o antigo edifício da Cia Holandesa das Índias Orientais, atualmente uma faculdade. A fábrica onde se abrigaram os Frank e os Pels, hoje, o museu da Anne Frank. O edifício onde se passou a cobrar o primeiro pedágio da história, onde funciona um restaurante.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Com cheirinho de ...

Nunca tive memória olfativa, até por ser alérgica, cheiro não é o meu forte. Ou não sinto, ou sinto cheiro ruim com mais facilidade que os outros, ou sinto dor de cabeça com perfumes, e por aí vai.

Mas nessas férias tive uma deliciosa experiência. Descobri que Paris tem cheiro de pão quentinho hummmmmmm Especificamente, croissant com manteiga! Não resisto a um pão recém saído do forno, para não comê-los – todos!- , só mesmo não comprando.

As Boulangeries (padarias) vão marcando as etapas do dia (café da manhã, lanche…) com suas fornadas e enchem a cidade com um perfume apetitoso!

Saindo de Paris, fomos para Amsterdã, para minha surpresa, também fiz um registro do cheiro da cidade, infelizmente, dessa vez, bem menos agradável. Asmterdã fede a urina, talvez eu esteja sendo injusta, talvez seja só o centro e centro da cidade não é cheiroso em lugar nenhum. Mas o problema é que o centro de Amsterdã é quase toda sua zona turística e era exatamente onde estávamos hospedados.


Amsterdã funciona desde o seu princípio como um grande porto aberto ao mundo e como tal, recebia muitos marinhos, a noitada era, e continua sendo, bem animada e a mijação era geral! Pra resolver ou minimizar o problema, o governo mandou construir uns mictórios na rua. Achei super legal a ideia e o “desing” engraçado, pedi pro Rapha entrar pra eu bater uma foto. Foi quando descobri que o mictório é só “cabaninha” pra ninguém te ver mijando e também uma forma de marcar o território pros mijões. Porque você urina praticamente na rua, não tem cano, não tem esgoto, não tem aguinha, nada! Impossível não feder, né?!


A questão do xixi é tão intensa em Amsterdã que eles também elaboraram um “anti-urinol”, uma placa que previne cantos convidativos de levar uma bela mijada!


Caso o indivíduo insista, leva com o xixi todo nas pernas. Tecnologia simples e eficaz hahaha

Se eles não lavam a cidade? Lavam sim, com aquelas máquinas que usam no Rio para limpar a orla depois do Ano Novo e junto vem funcionário com uma mangueira super potente, pra não escapar nenhum cantinho! Mas acho que não dá vazão...

domingo, 20 de setembro de 2009

Ela chega e pesa

Ela vai chegando aos poucos, você olha no espelho e não nota uma ruga nova, um fio branco de cabelo, as gordurinhas cada vez mais insistentes. A idade é cruel e chega pra todo mundo!

A gente leva nosso dia-a-dia atenta a preocupações reais, desligada desses sinais, até que alguma coisa acontece e você pensa "é, to ficando velha!"

Entrei no albergue da juventude em Bruxelas (acabei de voltar de férias), atrás de um quarto pra passar a noite, porque cheguei a cidade sem lugar pra ficar. Então, a recepcionista, muito simpática (sorte a dela e a minha), pergunta "Quantos anos você tem?", "29, pq?", "Porque não pode ter mais de 35." (Ahhhnnnnn, como assim?!! claro que eu não tenho 35!, pensei) Nenhum de vocês dois tem mesmo 35, né?! Tudo bem que o Rapha tem cabelo e barba bem brancos e, por isso, fica todo mundo pensando que ele é um pouco mais velho. Mesmo assim, na primeira pergunta ela não tinha visto o Rapha e ainda teve dúvida se eu era tão mais velha (não me tirem 6 anos!!!).

Achei estranho, porque aqui na Europa normalmente perguntam se eu sou estudante, já até me pediram para apresentar um documento comprovando maior idade!

Bem, acabei por refletir, estou mesmo ficando velha. Tem coisas que não são mais pra mim, especificamente no que diz respeito às viagens, não tolero mais ficar alojada em um lugar tosquinho, com um banheiro duvidoso; passar dias comendo sanduiches; pular freneticamente pra lá e pra cá em poucos dias e viajar de ryanair (essa eu não sei se tem relação com a idade, mas eu juro, pela 2ª e última vez, que nunca mais viajo de pentelhanair!).

domingo, 6 de setembro de 2009

O que é bom dura pouco

As praias ficam, mas o verão se vai... O Rapha sempre diz "uma pena, um país com praias tão bonitas ter tão pouco tempo de calor." Para os europeus, entretanto, a temporada de verão aqui é longa. Portugal é considerado um dos países mais quentes e iluminados. Mesmo no inverno, os dias são lindos (e bem frios, pra mim).

Com o aquecimeto global e toda alteração climática mundial, o verão em Lisboa está cada vez mais suprimido. Este ano, passou batido, talvez tenha sido mais persistente pra quem pode passar uma longa temporada no Algarve (no extro sul), mas aí, já é outra história.

Deixo vocês com algumas das mais belas praias portuguesas ou ao menos as que pude conhecer...

Praia do Guincho, em Cascais. Uma bela praia, mas que venta muito. Boa para prática de esportes, surf, parapente, etc. Cascais tem praias urbanas boas, mas um pouco cheias e meio bagunçadas, mas nada comparado a farofa que se faz no Rio.



Praia da Comporta, dentro de uma reserva ecológica, no Alentejo. As praias do Alentejo não são tão populares, mas são muito bonitas. Esta é ma-ra-vi-lho-sa!



Uma delícia! Mar transparente e calmo, parece uma piscina, com a vantagem da paisagem paradisíaca. Sagres, no Algarve. O Algarve no verão é invadido por europeus vindo de vários países, principalmente, ingleses, que compram casas, abrem pubs, "colonizam" a língua local ou apenas curtem o calor lusitano.



Praia da Maçã, em Sintra. A praia é bonitinha, não é fenomenal como as anteriores, mas foi onde eu vi o por-do-sol mais bonito da minha vida e, pasmem, no inverno.

sábado, 5 de setembro de 2009

Vejo BBs

Não sei se sou eu, se é o verão, se foi o inverno, a questão é que vejo bebês e grávidas, muitos deles! Nunca vi tantas crianças em Lisboa! Na empresa em que trabalhei, tenho várias colegas de licença maternidade e, na empresa do Rapha, são tantas as grávidas que eles não pretendem contratar mulheres por um bom tempo (lastimável…).

O que observei…

1- Há uma moda em vestir irmãos do mesmo sexo com roupas iguais, sejam meninos ou meninas, independente da diferença de idade. Blusa, bermuda, sapato e, às vezes, até o enfeite do cabelo! A ideia não me agrada nem para os gémeos, mas já vi até em capa de revista. Um parzinho de jarros… Coisa mais esquisita…

2- As crianças são loucas pelo tal do Noddy, mesmo as mais novinhas que ainda nem sabem falar. Nunca vi o desenho, mas fiquei curiosa. Tem um carro da personagem no centro comercial e elas saem correndo, frenéticas, uivando de felicidade. Quando os pais ameaçam ir embora, algumas escolhem ficar com o Noddy!

3- Existe uma prática ainda comum (que parece que aos poucos vai sendo erradicada da sociedade portuguesa), alguns pais ou avós não hesitam em dar um bom tapa na cara das crianças. Vi duas situações, uma mãe com uma filha de uns 4 anos e, na outra, um avô com um bebê de no máximo 2 anos. Em ambas, as crianças estavam fazendo pirraça, comportamento feio mesmo, mas que não justificava (nada justifica) o tapa agressivo que levaram na cara.

4- Ainda se usa muito os fórceps aqui! Eles insistem no parto normal em praticamete todas as circunstâncias, o que ao meu ver acaba exigindo o uso do fórceps. Dois exemplos de partos em que no Brasil se faria imediatamente cesariana; foi o de uma colega de 39 anos, primeiro filho (este correu tudo bem, e eu, na minha leiguisse, apoio) e o da minha ex-chefe, um parto provocado 2 semanas antes do previsto, foi feito uso fórceps. Tenho horror aos ferros, medo total, não quero cesária, mas se a alternativa for fórceps, podem trazer o bisturi.

5- Conversa entre ucraniano e brasileiro, (pra fechar com chave de ouro hehe): um diz, “O Brasil deve estar crescendo (economicamente) bastante, porque os brasileiros têm muitos filhos. Na Ucrânia a vida está muito difícil e ninguém tem mais de um filho!”, o outro questiona “Então não se faz mais sexo lá?!”

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